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quarta-feira, 23 de maio de 2007

Noçao do que é real ou virtual começa a se embaralhar no nosso cotidiano

Deu semana passada nos jornais - o cheque avança célere rumo a extinçao. Apenas nos últimos 6 anos deixaram de ser emitidos nada menos do que 1 bilhao de ordens de pagamento em papel. No lugar do falecido cheque assumem os cartoes. No mesmo período, de 2000 a 2006, a quantidade de cartoes de débito emitidos no país cresceu 290%. 23/05
Os celulares, entretanto, já se preparam para também disputar esse mercado. As operadoras apostam alto na adoçao do nosso aparelhinho de estimaçao como meio de pagamento, especialmente entre as pessoas sem conta em bancos - para vocês terem uma idéia, há cerca de 102 milhoes de celulares no país, contra apenas 70 milhoes de contas correntes ativas, impressionante. 23/05
Esse me parece um bom exemplo da crescente aceitaçao do dinheiro virtual pelo brasileiro comum. O cheque já se foi. Será que o dinheiro vivo algum dia também pertencerá ao passado? Lembro bem do sentimento de insegurança que eu vivi quando adquiri pela primeira vez um bilhete eletrônico da Gol - como poderia comprovar a compra da minha passagem aérea sem um recibo de papel? Hoje aqueles bilhetes coloridos (eram rosa e azul, pelo que lembro) fazem parte da história. 23/05
A verdade é que muitas das profecias de Nicholas Negroponte em seu livro 'Vida Digital', de 1996, estao se confirmando. Coisas que antes existiam apenas em forma de átomos agora viraram bits - música, fotos, passagens aéreas, informaçao, dinheiro e até relacionamentos – e nem por isso o mundo acabou. Ao contrário, aquilo que em outros tempos poderia parecer peça de ficçao científica, hoje é encarado com naturalidade por pessoas de todas as idades e classes sociais. E a noçao do que é real ou virtual começa a se confundir em nossas vidas cotidianas, nao é?
23/05




Informação retirada do Blue Bus